Hipnose é mágica?

Hipnose é mágica?

É muito comum quando me apresento como Hipnoterapeuta Clínica, as pessoas me olharem como se eu fosse o Patrick Jane da série The Mentalist.  Nesta série, o personagem coloca qualquer pessoa, em qualquer situação, em hipnose. De forma instantânea, como se fosse mágica.  A partir daí ele articula, manipula, modela, tudo pra ajudar nas investigações criminais, auxiliando a polícia de Los Angeles como consultor.

É por conta desta e outras obras hollywoodianas que muita gente pensa que a hipnose é algo místico, quântico, surreal, de outro mundo… quase como se o hipnoterapeuta tivesse um poder X-Men de hackear a mente da pessoa e manipulá-la a seu bel prazer.

Isso acontece por que muita gente ainda confunde a divertidíssima Hipnose de Palco com a transformadora Hipnoterapia Clínica. Mas venho esclarecer que não é bem assim! A hipnoterapia é sim muito poderosa, mas não funciona como mágica.

Para você que tem um pé atrás com a hipnose…

Já aconteceu com você, de estar tão compenetrado numa leitura, a tal ponto que alguém te chamou e você não escutou? Ou então quando você estava distraído rolando a tela do celular nas redes sociais e perdeu o metrô?  E aquela vez que você foi procurar a chave na gaveta, não encontrou e, como mágica, sua mãe foi lá procurar e encontrou na mesma hora?

Pois é, tudo isso são sinais claros de transe hipnótico. Exemplos mais simples são os estados meditativos e de oração, quando você “desliga” a mente para o que está acontecendo ao seu redor e foca numa única coisa. Entendeu agora por que a hipnose é um estado natural da mente?

A grande sacada da hipnoterapia clínica é a de usar esse estado alterado de consciência para ajudar a resolver problemas sérios como depressãoansiedade, vícios, compulsão alimentar, dentre outros.

Hipnose no SUS

A hipnose é um tratamento terapêutico sério e, recentemente, foi incluído nas práticas integrativas do SUS. Isso significa que cada vez mais a ciência reconhece o valor desta ferramenta incrível que trabalha para transformar vidas. Muitos Órgãos Federais, inclusive, já oficializaram a prática da hipnose na atuação clínica como: Conselho de Odontologia, Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Psicologia e Medicina.

Quando uma pessoa está em transe, ela se encontra em um estado alterado de consciência, tendo mais acesso a memória de longo prazo, a emoções vívidas e pode ser usada para alterar o comportamento e programações mentais.

Por isso, o tratamento é realizado tanto para questões físicas como enxaqueca, fibromialgia, dermatite atópica, disfunções sexuais e gagueira, como em questões emocionais como fobias, vícios e problemas de autoestima. É uma forma cooperativa, em que o paciente responde as sugestões do hipnotizador e, para que este processo aconteça, tem de haver a confiabilidade e a permissão do paciente.

O que acontece numa sessão de hipnoterapia clínica?

Essa é uma questão que gera dúvida em muitas pessoas.  Primeiramente o hipnoterapeuta fará uma sessão de avaliação para investigar as queixas do cliente, histórico familiar, quadro de saúde, rotina e demais informações que podem ser relevantes ao processo. Depois disso, é feita uma indução (geralmente por relaxamento) para chegar ao estado de transe. O profissional conduz o paciente a níveis mais ou menos profundos, dependendo da técnica a ser utilizada.

A duração da sessão pode variar bastante, já tive atendimentos de 40 minutos e outros de 4 horas. Isso porque, cada ser humano é único e nunca sabemos ao certo o que vamos encontrar ao abrir “a caixa preta” do avião, sem mencionar a diferença dos protocolos e ferramentas que podem ser aplicados para cada situação.

Por fim, são trabalhadas muitas sugestões que vão reforçar as programações mentais que foram abordadas ao longo da sessão. O resultado é uma sensação de libertação e leveza que abrem novas possibilidades para o cliente ter uma vida mais plena e feliz.

Nada de mágica, mas os resultados são fantásticos!

Não é mágica, é ciência! A questão é muito lógica e simples: se a mente criou, a mente é capaz de curar. Simples assim!

Nosso cérebro é uma máquina perfeita e todos sabemos que ainda estamos longe de usar todo o potencial que nossa mente tem.  Na hipnoterapia, usamos o potencial inexplorado da mente para promover caminhos para o paciente viabilizar sua auto cura.

O cérebro é capaz de produzir sentimentos de ansiedade e stress através de neurotransmissores como a noradrenalina, cortisol, epinefrina; apenas de imaginar uma situação desconfortável já vivida anteriormente, ou mesmo, que pode nem vir a acontecer.

Partindo deste mesmo princípio, também somos capazes de assumir o controle dos pensamentos e de acalmar os ânimos, através da produção de neurotransmissores do bem estar e felicidade, como a serotonina e outros menos conhecidos como dopamina, oxitocina, endorfina e por aí vai.

Muitos já sabem o quão fantástico são os resultados obtidos em um trabalho terapêutico utilizando técnicas de hipnose.  Os resultado costumam ser bem mais rápidos se comparados a outras terapias de escolas mais tradicionais como a psicoterapia, e isso não se trata de um milagre, mas sim de uma técnica que ajuda as pessoas a usar todo o potencial que sua mente possui para transformar positivamente sua vida.

Um universo a ser desvendado…

Ainda estamos engatinhando nas descobertas científicas do quanto a nossa mente é poderosa e o quanto a hipnose pode trabalhar para acessar essa potencialidade.  O Brasil ainda está engatinhando em relação aos outros países.

O psiquiatra Dr David Spiegel M.D., Presidente Associado de Psiquiatria da Universidade de Stanford, tem feito vários estudos inovadores na psiconeuroendocrinologia e oncologia, especialmente no trabalho junto à mulheres com câncer de mama metastático.

Vale a pena citar também a pesquisa científica do médico alemão Michael Schaefer com o chamado “placebo aberto”, ou “placebo honesto”, no controle da ansiedade com estudantes universitários.  O resultado mostrou que o placebo (que nada mais é do que uma forma de hipnose por sugestão) pode ser tão eficaz em tratamentos, quanto as próprias medicações em si.

Por fim, existem outros trabalhos publicados na Nature Reviews Neuroscience sobre o uso da hipnose para o tratamento e controle da dor crônica. Os estudos conduzidos por David A Oakley e Peter W Halligan, usaram sugestões hipnóticas para manipular a consciência subjetiva em laboratório e fornecer informações sobre os mecanismos cerebrais envolvidos na percepção e controle da dor.  Com isso, estamos cada vez mais próximos de entender como o ser humano modula a dor e quais os mecanismos no cérebro para trabalhar a amenização dos sintomas sem a necessidade de drogas.

Viu só?

Não tem mágica ou ocultismo, mas os resultados da hipnose são realmente transformadores!

Texto de Sabrina Amaral

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